30 de abril de 2013

Literatura de alta velocidade

 Ilustração: Alessandra Kalko
Publicada originalmente em 
http://ow.ly/cgywE 
Alguém já tinha pensado neste conceito? 
Literatura de alta velocidade?

Pois é, Drummond já antecipava: "Escrever é cortar palavras"

João Cabral, na mesma linha:"Enxugar até a morte"

Hemingway: "Corte todo o resto e fique no essencial"

Seguindo à risca a lição dos mestres, chegamos aos microcontos: "miniaturas literárias" que cabem em panfletos, filipetas, camisetas, adesivos, postes, muros, tatuagens, cartão postal, hologramas, desenhos animados , arquitetura, instalação, música ... e que podem ser lidas no ônibus, no metrô e ... nas telas digitais. 

(Cá entre nós, um prato cheio para propostas atrativas de ensino de literatura e integração de novas tecnologias.)

O mais conhecido microconto do mundo é  
"Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá."
de Augusto Monterroso, com 37 letrinhas. 

No Brasil, Dalton Trevisan, autor de "Arara bêbada", "Capitu sou eu" e "Pico na veia" é o representante maior dessa literatura.

Para saber mais:
Midiologia subliminar:a literatura de alta velocidade brasileira no século XXI
Reator 


NOTA
Post publicado originalmente em 27/04/05
Revisado e republicado porque a temática continua muito atual, principalmente por causa das novas ferramentas de microblogs. Vale a pena retomar a conversa!

5 comentários:

  1. Oi, Sônia, seu blog é muito legal!! Vou tentar visitar e participar das discussões, pois são temas que me interessam muito. Para começar, quero lembrar dos microcontos do escritor argentino Julio Cortazar, como os do livro "Histórias de Cronópios e de famas". Vale conferir no site www.juliocortazar.com.ar

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  2. Seja bem-vinda Adriana.
    Não conhecia este seu lado poeta...
    Vamos discutir sim...tô indo lá ver o site do Cortázar.
    Beijos, Sônia

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  3. Minha primeira reação ao ouvir falar em microcontos (que prefiro chamar de nanocontos) foi a pior possível, afinal, francamente! Este nanoconto do dinossauro não me disse nada! E continua não dizendo nada! ;)

    Cheguei a escrever algumas considerações e uma dúzia de nanocontos: http://www.roney.com.br/content/view/199/36/

    Estou procurando alguém que me faça mudar de idéia e ver algum valor nesta forma de expressão. Vou ler o artigo que vc indica, quem sabe?

    A propósito o seu blog é bem interessante!

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  4. Eu escrevi um miniconto que está publicado.

    Alívio
    Ana acordou num sobressalto de madrugada. Ainda meio adormecida, custou a entender, em meio a vozes alteradas e choros: "Pedro morreu". Escorregou devagar para baixo das cobertas. Imóvel, respiração presa, temia ouvir que tinha sido engano. Era bom demais para ser verdade.

    O escritor gaúcho, Marcelo Spalding , meu amigo, é um mestre no assunto. Vale ler sua dissertação! Ali ele aborda todos esses conceitos e muito mais. http://www.artistasgauchos.com.br/marcelospalding/arquivos/dissertacao.pdf
    www.marcelospalding.com.br

    Ele é 10!

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  5. Gostei e voltarei muitas outras vezes...

    Aproveito para te convidar www.cidadejatai.blogspot.com

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Sônia